NOVO BLOG

Estou com um novo blog, e com uma nova proposta....

Aos que já visitavam este, peço que dêem uma olhada no novo.
Espero que gostem!!!
Abraço

Cordel: Caetano Veloso: um sujeito alfabetizado, deselegante e preconceituoso

Ando meio sumido, ocupado com alguns trabalhos da faculdade, por isso não atualizava a um tempo. Espero que os leitores não tenham me abandonado.

Retomando, recebi um cordel do meu amigo João que fala sobre Caetano Veloso, de autoria de Antonio Barreto. Como "adoro" essa figura (em todos os sentidos), vou postar o cordel com muito prazer.
Apreciem...



Eu já estava estressado
Temendo até por vingança.
Meus alunos na escola
Leitores da ‘cordelança
E a galera em geral
Sempre a me fazer cobrança.

Todo mundo me acusando
De cordelista medroso
Omisso, conservador
Educador preguiçoso
Por não me pronunciar
Sobre Caetano Veloso.

Logo eu, trabalhador,
Um pouco alfabetizado
Baiano de Santa Bárbara
Sertanejo antenado
Acima de tudo um forte...
E por que ficar calado?

Resolvi tomar coragem
E entrei logo em ação.
Fui dialogar com o povo
E colher a opinião
Se Caetano está correto
Ou merece punição.

Lápis e papel na mão
Comecei a anotar
Tudo em versos de cordel
Da cultura popular
A respeito de Caetano
Conforme vou relatar.

— Artista santo-amarense
Amante da burguesia
Esse baiano arrogante
Cheio de filobostia
Discrimina o presidente
Esbanjando ironia.

— Caro artista prepotente
Tenha mais discernimento.
Seja um Chico Buarque
Seja Milton Nascimento
Seja a luz do Raul Seixas
Deixe de ser rabugento.

— O Caetano deveria
Ser modesto e mais gentil
Porém o seu narcisismo
Que não é nada sutil
Faz dele um homem frustrado
Por ser bem menor que Gil.

— Seu comportamento vil
É algo de outra vida
Ele insiste em muitos erros
Não cura sua ferida
Por isso sua falação
É de alma involuída.

— Caetano é um arrogante
Partidário da exclusão
O que ele fez com Lula
Faz com qualquer cidadão
Sobretudo gente humilde
Que não tem diplomação.

— Por que este cidadão
( o Caetano escleroso )
Não criticou Figueiredo
Presidente desastroso ?
Além de aproveitador
O Caetano é medroso.

— Esse Cae que ora vejo
Não representa a Bahia.
Ser o chefe da Nação
Esse invejoso queria
Mas a sua paranóia
Pouco a pouco lhe atrofia.

— Já pensou se o Caetano
Fosse então educador ?!
“Mataria” os seus alunos
Pela falta de pudor
Pela discriminação
Pelo brio de ditador.

— Ele não leu Marcos Bagno
Pois é leitor displicente.
Seu preconceito lingüístico
Contra o nosso presidente
Discrimina Santo Amaro
Terra de Assis Valente.

— Ele ofende até os mortos:
Paulo Freire, Gonzagão
Patativa do Assaré
O Catulo da Paixão
Ivone Lara, Cartola
Pixinguinha, Jamelão...

— Caetano é um imbecil
Da ditadura um amante.
Um artista egocêntrico
Decadente ambulante
Se julga intelectual
Mas é mesmo arrogante.

— A Bahia está de luto
Diante da piração
Desse artista rabugento
Que adora a exclusão,
Vaca profana, ególatra
Que quer chamar a atenção.

— Vai de reto, Caetanaz
Pega o Menino do Rio
Garoto alfabetizado
Que te provoca arrepio.
Esse sim, não é grosseiro
Nem cafona pro teu cio.

— Um burguês reacionário
Que odeia a pobreza.
Ele não gosta de negro
E só vive na moleza.
Sempre foi um lambe-botas
Do Toninho Malvadeza.

— Vou atender meu cachorro
Pois é algo salutar
Muito mais que prazeroso
Que parar pra escutar
O Caetano elitista
Que começa a definhar.

— Certamente o Caetano
Esqueceu do Gardenal.
Bem na hora da entrevista
Lá se foi o bom astral
Desandou no Estadão
Dando um show de besteiral !


— Caetano ‘Cardoso’ segue
Sempre a favor do “vento”
Por entre fotos e nomes
Sem lenço nem argumento
Vivendo só do passado,
Cada vez mais ciumento.

— Eu respeito a sua arte
Mas preciso declarar
Que quando não tá na mídia
Cae começa a atacar
Sobre tudo as pessoas
De origem popular.

— O Caetano gosta mesmo
É de gente diplomada:
Serra, Aécio, Jereissati,
Toda tribo elitizada...
Bajulou FHC
Que fez muita trapalhada.

— O Caetano discrimina
Pois está enciumado.
Na verdade, o nosso Lula
É um homem educado.
Um nordestino sensível
Muito mais que antenado.

— Dona Canô, com 100 anos
Não perdeu a lucidez.
Mas seu filho Caetano
Ficou pirado de vez
Transformando-se num “cara”
De profunda insensatez.

— Ofendeu Marina Silva
— Através do Silogismo
Mistura de Lula e Obama
Logo quer dizer racismo:
Mulher cafona, grosseira
Analfabeta – que abismo!

Adoro Mabel Veloso,
Betânia, dona Canô...
Para toda essa família
Meu carinho, meu alô.
Mas o mestre Caetanaz
Já está borocoxô!

É proibido proibir
O cordelista versar
Pois conforme disse Cae
“Gente é para brilhar”.
Então permita ao poeta
Liberdade de pensar.

Brasileiros, brasileiras
A Bahia está de luto.
Racistas em nossa terra
Radicalmente eu refuto.
Estamos envergonhados,
Todos fomos humilhados
Oh Caetano ‘involuto’.

FIM


Salvador, triste primavera de 2009

Educação, educação, compre 2 e leve 1 de brinde...

Estava assistindo televisão hoje quando vi esta propaganda das faculdades Anhanguera, e me lembrei te um resumo do livro, "Gestão democrática da Escola Pública" de Vitor Henrique Paro, que fiz no último ano de faculdade. Realmente perceber a mercantilização gradual da educação é muito lamentável, é de enxer os olhos d'água. Segue um parágrafo do texto que produzi na graduação.


"No terceiro item, “a natureza do trabalho pedagógico”, Paro inicia conceituando o trabalho em seu aspecto amplo e geral, mostrando porque o homem se diferencia do animal, a partir de uma análise embasada em Marx. Daí ele especifica o tema abordando a partir do trabalho pedagógico dentro do sistema capitalista de produção. O capitalismo está presente na escola, porém sua relação não é análoga às relações de mercado. Segundo Paro, o ensino não é um produto qualquer, e a produção e consumo se dão ao mesmo tempo, pois o aluno é consumidor e objeto do trabalho ao mesmo tempo, ora, o ensino não é uma coisa comprada e adquirida como produto final, é, pois um trabalho a ser construído, e este se dá a partir da relação dialógica entre docente e discente. O processo pedagógico é também algo que muda as pessoas, transforma suas vidas, assim, apesar do sistema capitalista tentar reduzir todas as esferas da sociedade em simples relações comerciais, no quadro da educação o desenvolvimento se dá de uma forma mais complexa. O saber pode ser expropriado, mas não de uma forma simples como uma mercadoria qualquer. Outra distinção é a questão do lucro, a mais-valia, sendo que a escola pública não gera lucros para o Estado, daí está uma das distinções entre o ensino público e privado, já que este último gera lucros para os proprietários da escola".


Lamb of God, os cordeiros ingratos!


Até o momento não postei nada relacionado a música, afinal este blog não tem a intenção de falar especificamente disso, porém vou procurar de quando em quando postar algumas bandas de meu gosto com a discografia completa, e para iniciar vale a pena falar do Lamb of God, uma das bandas que tenho ouvido muito ultimamente.
Som pesado, com riffs empolgantes, e letras com críticas, principalmente voltados para a questão religiosa. Não tem como ficar parado, não há como ficar quieto, solte o berro, grite e gaste e suas energias, pois esse som é du caralho!

BIOGRAFIA

Lamb of God é uma banda de groove metal estadunidense, mais precisamente da cidade de Richmond, Estado de Virgínia.

Formada por cinco integrantes em 1991, já se apresentaram sob o nome Burn The Priest. Seus Principais temas são religiões, política, miséria e temas pessoais. O nome da banda significa Cordeiro de Deus o que leva muitos a crêem que são uma banda cristã. Segundo os integrantes o nome Lamb of God não passa de sarcasmo, pois em suas letras abordam questionamentos sobre religiões, um dos temas mais recorrentes em suas canções.

Composta por:

Randy Blythe - Vocal
Mark Morton - Guitarra Solo
Will Adler - Guitarra Base
Jonh Campbell - Baixo
Chris Adler - Bateria

Álbuns de estúdio :

New American Gospel (2000) - Download MediaFire
As the Palace Burn (2003) - Download MediaFire
Ashes Of The Wake (2004) - Download MediaFire
Sacrament (2006) - Download MediaFire
Wrath (2009) - Download Megaupload

Fonte: LastFM


"Destruam et Aedificabo"

Essa frase foi usada pelo pensador anarquista Proudhon. Apesar de ele nunca ter aceitado a designação sem dúvida foi um dos precursores desse movimento, e influenciou seus sucessores, como Bakunin, este que a partir da cisão da 1a Internacional e da briga com Marx, passou a se intitular como anarquista, a fim de se diferenciar dos outros socialistas, pois as idéias eram irreconciliáveis, como o é até os dias atuais.
A frase é de simples entendimento, e representa uma dos pilares do anarquismo, "destruir e edificar". Não a destruição pela simples destruição, mas derrubá-la para reconstrui-la, através da fraternidade e solidariedade entres as pessoas. Pois, não adianta apenas derrubar o governo vigente, como acredita os marxistas, e edificar outro no lugar, se se for assim, alguns vícios permanecerão, como ocorreu na Revolução Russa, e as desigualdades não serão suprimidas. Deve-se destruir todos os resquícios de Estado existentes.
"Não temos medo de ruínas - nós herdaremos a terra. Não há a menor dúvida quanto a isso. A burguesia pode fazer explodir e arruinar seu próprio mundo antes de abandonar o palco da história. Nós trazemos o novo mundo em nossos corações. Esse mundo está surgindo nesse momento". (Durruti, durante a Guerra Civil Espanhola).

"A grande idade da terra recomeça.
Retornam os anos de ouro,
Como uma serpente, a terra se renova
As ervas daninhas do inverno já esgotadas.
O céu sorri, as crenças e impérios cintilam
Como destroços de um sonho que se desfez".
(Shelley)

Ubaldo, o paranóico

Esse personagem de Henfil foi criado no ano de 1975 com a colaboração do jornalista Tárik de Souza, e tinha como objetivo responder a situação atual do governo ditatorial, o processo chamado de “abertura política”, que não mostrava claramente essa intenção, pois a perseguição política continuava, representada principalmente pela morte do jornalista Vladimir Herzog.

Ubaldo é o retrato do estudante militante e engajado politicamente, com cabelos e barba cumpridos, roupa folgada, um perfil meio hippie, e a mochila sempre às costas. “Medo” é um sentimento inato na vida de Ubaldo, ele desconfia de tudo e de todos, e sempre que lhe é dirigido a palavra ele sai correndo e gritando frases desordenadas e sem sentido para os outros personagens da charge.

Afinal, a melhor forma de caracterizá-lo é com o complemento do seu nome “o paranóico”, isso não há dúvidas, o perigo existia, mas não nas proporções que Ubaldo a enxergava, para ele uma simples pergunta casual já era definido como perseguição e uma possível tortura seguida de morte.


Nessa tirinha percebemos claramente o comportamento de Ubaldo. Uma mulher chega e pergunta se ele conhece o João do 2º Ano, ele diz que sim e indica a pessoa normalmente, até então sem problema algum, uma pessoa foi na escola procurando por alguém e pediu informações. Mas então bate a paranóia dele, uma pessoa desconhecida pedindo informação? Só poderia ser uma pessoa ligada ao regime militar segundo o raciocínio de Ubaldo. Não importa se ele não tinha nada a ver com movimentos de esquerda ou socialismo, não importa também se João fazia parte, os dois provavelmente não tinham envolvimento com a oposição, porém o medo do opressor, a paranóia se torna maior e mais forte que a própria lógica, mais racional que a razão. No regime militar, a opressão está sempre atrás de você, por todos os lados, era exatamente isso que Ubaldo pensava.

O último ponto é que em nenhum momento nas tirinhas de Ubaldo aparece um militar opressor, ou seja, a opressão está sempre na cabeça dele, talvez seja por isso que Ubaldo não fora censurado, pode ter sido uma estratégia do Henfil, pois um personagem tão cômico e com pouca crítica explícita revelada, dificilmente seria banido pela opressão da ditadura militar.

A outra face da Queda do Muro de Berlim


Ontem (09/11/2009) foi comemorado a Queda do Muro de Berlim, em seu 20° aniversário, porém não acredito que há tanto a se comemorar assim, pelo menos pelo que se passou nos canais abertos de televisão.
Nos noticiários a fora o motivo era de grande euforia e alegria: alemães comemoram, artistas comemoram, políticos comemoram, enfim, parece que todo mundo está muito contente com tudo isso. Agora, vá perguntar aos moradores do leste da Alemanha se eles tem motivos para comemorar? Provavelmente as respostas seriam divididas, porém o que surpreende é que o nível de insatisfação lá é muito grande.
A Queda do Muro é um simbolismo, não sou besta em acreditar que ele mudou a ordem mundial de fato, esta foi transformada com a falência do comunismo e com a hegemonia estadunidense, ou seja, amiúde a vitória do capitalismo sobre o socialismo. Levou à crise da esquerda, das idéias socialistas, e levou até a voz embriagada de Fukuyama decretar "O Fim da História". Mas como não vivemos em conto de fadas, a história não possui fim e está aí para provar aos mais lúcidos.
Um bom exemplo disso é o recrudescimento da esquerda na Alemanha, que está a cada dia mais forte, como também a opinião dos moradores da Alemanha do Leste e Oriental, uma pesquisa recente constatou que 1/3 (hum terço) da população da Alemanha Oriental deseja o retorno do Muro de Berlim, pois pelo menos naquele período tinha garantia de emprego, renda, moradia e alimentação.
O maior pesar da "Alemanha estrangeira" é em relação à instabilidade do mercado, já que qualquer aparente crise já abala a economia, e consequentemente ocorre alto índice de desemprego. Enfim, eles não estão seguros de sua vida. Antes sob a ditadura do Socialismo Real, hoje sob a ditadura do capital, afinal, qual é o pior?
No fim das contas a Queda do Muro de Berlim foi um grande fracasso para a Alemanha, que até hoje não conseguiu reestruturar a Alemanha Oriental, e promete essa melhora pra daqui 10-20 anos. Berlim que era uma cidade próspera e com futuro, hoje não mais corresponde às expectativas.
Então, o capitalismo venceu ou não venceu o socialismo? Se venceu, onde está o equilíbrio da situação? A crise de 2008 foi um golpe para Alemanha, que ainda sofre terrivelmente com as conseqüências dela, o desemprego é altíssimo, e a população reclama. Mas, mesmo assim, a mídia propagandeou toda a festa comemorativa pela queda do Muro, e dá a entender que lá vai tudo muito bem, porém não é bem assim, e temos que ficar de olho para não sermos enganados de forma tão simples.
Não estou fazendo apologia ao Socialismo Real, de forma alguma, sempre tive minha posição crítica a ele, como tenho ao capitalismo, mas uma pergunta não quer calar, está mesmo valendo a pena esse sistema na Alemanha? Ou a época que o muro estava nas alturas não é lembrado com grande nostalgia e vontade de voltar no tempo? Infelizmente, não posso responder, apenas uma alemão oriental.

Vai em anexos alguns links de notícias relacionadas a essa questão, e não se assustem, é da Globo.

Notícia 1 - Sobre a nostalgia
Notícia 2 - Sobre a Queda do Muro de Berlim

E como presente, vai em anexo uma entrevista com o mestre Eric Hobsbawm explicando porque a Queda do Muro de Berlim desestabilizou a ordem mundial, esse vale muito a pena ler, e nem conservador ousa confrontar intelectualmente o "velhinho" historiador socialista.

Entrevista Hobsbawm

Sem mais.

Nós que aqui estamos por vós esperamos

"Sou o novo integrante do blog e não podia passar em branco sem lançar meu primeiro post. Percebi que tem pouca coisa relacionada a história, por isso, como historiador, acho que vou poder contribuir de forma qualitativa para o YellowBlock, pelo menos espero que assim seja.

Meu primeiro post é uma indicação cinematográfica de direção de Marcelo Masagão, e pra quem não assistiu recomendo com as melhores das intenções. O filme é um recorte de diversas imagens em fotografias e vídeos de diversos acontecimentos históricos, que mostra os sucessos e fracassos humanos ao longo da história. Porém, há algo peculiar nessa produção, como documentário seria normal possuir a narração daquela voz apocaliptica ao estilo Cid Moreira, mas essa obra não a possui, contém apenas algumas legendas ao longo do filme, frases de efeito e poéticas. Então, o que poderia substituir a voz tenebrosa e rouca? Nada melhor que música clássica, com o melhor do músico belga Wim Mertens, que no meu ver, são o tempero do filme, pois não são escolhidas por acaso, cada uma é relativa ao visual que passa na telinha. Nesse documentário vocês poderão ver que as dezenas de milhares mortos na guerra tinham nome, família, profissão e sentimentos. Nessa obra os mortos não são tratados como números, mas sim como seres humanos, pessoas que tinha sua história e um futuro a construir, que fora abruptamente interrompido. Enfim, assistam e degustem o homem entre o céu e o inferno".

Este post foi feito no site YellowBlock, blog que sou assosciado, lá eu coloquei diversas opções de download e o filme completo no youtube, quem quiser acessar diretamente o post clique AQUI.

Blog:

Que assim seja.

Brasil o país do futuro... incerto!





Muitas apostas são feitas, alguns acham que o Brasil se tornará um potência, será possível?
Um país que não resolve seus problemas sociais e políticos, conseguiria mesmo se desenvolver assim? Economicamente está crescendo, isso não temos dúvidas, mas, para onde vai todo o dinheiro, os lucros? Seria para o bolso de alguns empresários internacionais? Até quando esse país será o paraíso dos investidores?
Quando se pensará no público? Distribuição justa de renda? Fim da corrupção? Melhoras da educação? Eqüidade de oportunidades? Nivelamento de profissões?
Esse tópico não pretende responder nada, pois o futuro é incerto, não há como prevê-lo...
O que resta é agir no presente, não há mais nada a se fazer.

Sem mais.

Fonte: UOL

A Universidade do prazer

Após tomar conhecimento do incidente que ocorreu com a "Garota do vestido curto" da Uniban pensei em postar um comentário em meu blog a respeito do episódio, porém relutei, pois achei que a propagação midiática já tinha provocado um alto rebuliço em cima da situação, e já havia desgastado em demasia a notícia. Programas de auditório, jornais, noticiários, os "Alertas" pelos canais afora, e muitos psicólogos tinham ganhado uns 15 segundos com a carinha na TV, exibindo opiniões. Porém, o problema é maior do que o comentado, e a questão não é apenas de falta de educação, desrespeito, "falta de berço" e por aí vai. A questão central é: "a utopia da universidade" no Brasil, que está quase superando o "sonho da casa própria".
Antes gostaria de esclarecer minha opinião acerca do o ocorrido.

1° Podem me chamar de conservador, mas faculdade é um local de estudo, e não passarela de moda ou festa de funk. Portanto, deve-se ter o bom senso do vestuário para tal ambiente. Atrapalha a aula, tanto alunos como professores.
2° Apesar da minha opinião acima, acredito que ninguém tem o direito de repudiar de maneira tão asquerosa e covarde, como o fizeram os alunos dessa universidade.

A questão central é: o problema é a mercantilização do ensino no país, tanto a nível básico como superior. Escolas e faculdades surgindo uma atrás das outras, sem estrutura de ensino e as vezes físico. Já vi faculdades que funcionam em escolas públicas deterioradas, e que os professores muitas vezes nem uma especialização possuem. O MEC e os conselhos estaduais facilitam a criação desse ensino, pouca fiscalização e exigências são um fato.
É bom que o ensino superior seja mais democratizado e amplo, porém uma coisa deve ser imprescindível, a qualidade. Uma faculdade sem um professor qualificado e sem um aluno com ensino básico e uma formação social digna será um centro de formação de péssimos profissionais e cidadãos.
A mercantilização do ensino visa apenas o lucro, empresários, diretores, reitores, só pensam nas "doletas". Não importa o que o aluno fizer, se ele tá pagando tudo é permitido, só será expulso, ou melhor, negado a renovação de matrícula, ao inadimplente, que muitas vezes pode se tratar de um bom aluno e com potencial para a futura profissão, enfim o sonho do diploma superior será negado a este.
Por último, esse país necessita de uma valorização do profissional, melhores salário, condições trabalhistas, emprego e oportunidades. Nem todos tem o "sonho do diploma", mas o fazem pela propaganda na TV no comercial das novelas, a mentira é contada tantas vezes que acaba se tornando uma verdade, uma verdade transcendental. Enfim, o ensino superior está tomando o rumo que o ensino básico teve: nuclear, porém podre, estragado, deteriorado, carcomido.

Tenho dito!

+ Informações, UOL

 
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